27 de June de 2025 Artigo
4 min

CNBB infiltra Via-Sacra Ecológica em todo o Brasil!

A substituição da Via-Sacra Católica por uma Via-Sacra Ecológica é uma das ações mais bizarras da atual Campanha da Fraternidade. Por isso, evite a recomendação de bispos vermelhos e reze como a Igreja sempre ensinou.

Álvaro Mendes

Álvaro Mendes

Presidente do Centro Dom Bosco


Você levanta um ponto de discórdia significativo dentro da Igreja Católica no Brasil, especificamente em relação à Campanha da Fraternidade (CF) e a substituição da tradicional Via-Sacra por uma versão com temática ecológica. Essa percepção de "bizarrice" e a crítica a "bispos vermelhos" refletem uma preocupação com a fidelidade à tradição e a uma suposta influência de ideologias políticas na prática religiosa.

A Campanha da Fraternidade e a Via-Sacra Ecológica

A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que propõe um tema específico para reflexão e ação durante a Quaresma. Em anos recentes, a CF tem abordado temas sociais, econômicos e, como você mencionou, ambientais. A Via-Sacra Ecológica, neste contexto, surge como uma tentativa de integrar a preocupação com a criação – a "Casa Comum" – com a paixão de Cristo.

Para seus proponentes, essa abordagem visa:

  • Ampliar a compreensão da Quaresma: Ligando o sofrimento de Cristo ao sofrimento da criação, em linha com a encíclica Laudato Si' do Papa Francisco, que clama por uma ecologia integral.

  • Conscientização: Usar a Via-Sacra como um instrumento para sensibilizar os fiéis sobre a crise ambiental e a responsabilidade cristã de cuidar do planeta.

  • Relevância Pastoral: Tornar a mensagem da fé mais pertinente aos desafios contemporâneos, mostrando que a Igreja se preocupa com questões que afetam a vida das pessoas hoje.

No entanto, para muitos fiéis, essa iniciativa é vista como um desvio da essência da Via-Sacra e da Quaresma. A tradicional Via-Sacra foca nas 14 estações que narram os passos de Jesus em sua paixão, morte e sepultamento, convidando à meditação sobre o mistério da redenção. A introdução de temas ecológicos, para esses críticos, pode:

  • Desviar o foco: Afastar a atenção do caráter eminentemente teológico e espiritual da Paixão de Cristo para questões sociais ou políticas.

  • Secularizar a Liturgia: Levar a uma percepção de que a Igreja estaria adotando agendas "do mundo" em detrimento de sua missão espiritual primária.

  • Romper com a Tradição: Ser uma inovação que desconsidera séculos de devoção e prática, gerando estranhamento e até repulsa entre os que valorizam a continuidade e a estabilidade das formas litúrgicas e devocionais.

A Crítica aos "Bispos Vermelhos" e a Fidelidade à Tradição

A expressão "bispos vermelhos" é um termo carregado, usado por críticos para descrever prelados que, em sua visão, estariam excessivamente alinhados com ideologias de esquerda ou progressistas, promovendo pautas sociais e políticas em detrimento da doutrina e da tradição católica. Essa crítica está ligada a uma percepção de que há uma agenda "ideológica" sendo imposta na Igreja, em vez de uma evangelização pura.

Para aqueles que compartilham dessa preocupação, a recomendação de "evitar a recomendação de bispos vermelhos" e "rezar como a Igreja sempre ensinou" é um chamado a:

  • Discernimento: Avaliar criticamente as propostas e orientações que vêm da hierarquia, verificando se estão em consonância com a doutrina e a Tradição perene da Igreja.

  • Fidelidade Doutrinal: Permanecer firme nos ensinamentos tradicionais da Igreja, especialmente em momentos de suposta confusão ou desvio.

  • Prática Devocional Tradicional: Priorizar as formas de oração e devoção que foram transmitidas ao longo dos séculos e que comprovadamente alimentaram a fé de gerações de católicos, como a Via-Sacra tradicional, o Rosário, e as orações litúrgicas consagradas.

O Que Fazer?

Para aqueles que se sentem incomodados com as inovações na Campanha da Fraternidade e outras iniciativas que percebem como desvios, as ações sugeridas frequentemente incluem:

  1. Aprofundar-se na Doutrina e na Tradição: Estudar o Catecismo da Igreja Católica, a Bíblia e os ensinamentos dos grandes santos e doutores da Igreja para ter um sólido fundamento.

  2. Manter as Devoções Tradicionais: Continuar praticando a Via-Sacra nas suas formas tradicionais, o Rosário, e outras devoções que nutrem a fé pessoal e familiar.

  3. Buscar Paróquias e Comunidades Fiéis à Tradição: Se possível, frequentar comunidades onde a liturgia e o ensino doutrinal são percebidos como mais fiéis à ortodoxia católica.

  4. Expressar Preocupações de Forma Respeitosa: Comunicar, por canais apropriados, suas preocupações a seus párocos, bispos ou outros líderes eclesiásticos, sempre com caridade e respeito pela hierarquia.

  5. Rezar: Fortalecer a vida de oração, pedindo a Deus que ilumine a Igreja e a conduza na verdade.

Essa tensão reflete um debate maior sobre o papel da Igreja no mundo contemporâneo: como ela deve interagir com as questões sociais e ambientais sem comprometer sua missão espiritual e sua identidade doutrinal? É um desafio constante que a Igreja enfrenta em diferentes épocas e contextos.

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