30 de June de 2025 Notícia
3 min

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Centro Dom Bosco

Álvaro Mendes

Álvaro Mendes

Presidente do Centro Dom Bosco


No coração de Auroraville, uma cidade de engrenagens sussurrantes e fachadas vitorianas iluminadas a gás, morava Elias Thorne, o último relojoeiro. Suas mãos, marcadas pelo tempo e pela precisão, eram um mapa das mil e uma complexidades que ele desvendava diariamente. A oficina de Elias não era apenas um lugar de consertos, mas um santuário para o tempo perdido, com o tique-taque ritmado de incontáveis relógios de bolso, pêndulos imponentes e despertadores excêntricos preenchendo o ar. Na era dos dispositivos digitais e da obsolescência programada, Elias era uma relíquia, um guardião de uma arte que poucos valorizavam.

 

A vida de Elias era tão metódica quanto os movimentos de um relógio suíço. Acordava com o sol, tomava um chá forte e passava o dia curvado sobre sua bancada de madeira, com a lupa presa ao olho e as ferramentas delicadas dispostas com uma ordem quase ritualística. As pessoas da cidade, em sua maioria, passavam pela loja de Elias com indiferença, absortas em seus próprios mundos digitais. Mas, ocasionalmente, um idoso com um relógio de avô quebrado ou um jovem curioso com um relógio de bolso herdado de um bisavô, encontrava o caminho até a pequena loja, buscando mais do que um reparo: uma conexão com o passado.

 

Um novo personagem

Um dia, uma jovem chamada Luna entrou na oficina, carregando um relógio de bolso antigo e estranhamente silencioso. Ele não tinha ponteiros nem números, apenas um mostrador liso de metal polido. “Meu avô disse que este relógio não mede o tempo, mas o que realmente importa”, ela disse, com a voz embargada. Elias pegou o objeto, intrigado. Ele nunca tinha visto algo parecido. Ao abri-lo, não encontrou engrenagens ou molas, mas uma complexa rede de filamentos brilhantes que pareciam pulsar suavemente, como estrelas distantes. Era algo além de sua compreensão mecânica.

 

Elias passou semanas estudando o relógio, mergulhando em livros antigos sobre alquimia e cosmologia, algo que ia muito além de seu usual repertório. Ele percebeu que o relógio não estava quebrado; estava adormecido. Um dia, ao observar o brilho fraco dos filamentos, Elias teve uma epifania. Não eram ponteiros ou números que o faziam funcionar, mas as emoções. Cada filamento parecia reagir à intenção, à lembrança, ao amor. Quando Luna voltou, Elias pediu que ela contasse uma história que a fizesse sentir algo profundo. À medida que ela falava sobre as memórias felizes com seu avô, os filamentos no relógio começaram a vibrar e um brilho suave emanou do mostrador.

 

As horas

O relógio de Luna não marcava horas, mas momentos de significado. Ele mostrava a ela, através de seu brilho e pulsação, a intensidade da alegria, da saudade, do amor. Elias percebeu que seu propósito como relojoeiro não era apenas consertar engrenagens, mas ajudar as pessoas a se reconectarem com o tempo que realmente importa – o tempo vivido com paixão e propósito. A partir daquele dia, a oficina de Elias Thorne se tornou um lugar onde as pessoas não só consertavam seus relógios, mas também encontravam um novo significado para o seu próprio tempo, compreendendo que, em Auroraville, o último relojoeiro era, na verdade, um guardião da essência da vida.

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